segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Judô brasileiro fica sem medalhas no Mundial da Holanda

Apesar da expectativa e do favoritismo em algumas categorias, a seleção brasileira voltou de Roterdã, na Holanda, sem conquistar nenhuma medalha no Mundial de Judô. Os melhores resultados do Brasil foram os quintos lugares de Daniel Hernandes, Rafaela Silva e Sarah Menezes. Marcada por uma renovação em várias categorias, a seleção brasileira levou atletas jovens como o minastenista Nacif Elias e a carioca Rafaela Silva. Mas também levou os campeões mundiais Luciano Corrêa e Tiago Camilo, que não repetiram as boas atuações do ano passado e não chegaram nem à disputa de medalhas.

O campeão mundial, Luciano Corrêa perdeu a chance do bicampeonato.
Para o técnico da seleção masculina, os judocas brasileiros erraram bastante e não podem mais ser considerados favoritos. “O resultado foi, lógico, aquém do que esperávamos por conta do potencial da equipe. Acredito que erramos mais do que os adversários acertaram. Porém, o momento de errar é este, no começo de um novo ciclo olímpico. Diversos outros países também tiveram resultados adversos aqui na Holanda e isto mostra que num momento como este, de ressaca olímpica, não existe mais favorito. Já vamos começar trabalhar logo assim que desembarcarmos no Brasil”, afirma o coordenador técnico internacional da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson.


Nacif venceu o campeão mundial de 2005, mas perdeu nas oitavas.

Os atletas do Minas Tênis, Nacif Elias e Érika Miranda, esperavam resultados melhores no Mundial. Antes de embarcarem para a competição, os dois afirmavam que brigariam pelo ouro. Mas acabaram derrotados e não disputaram medalhas. Nacif garante que estar lutando pela primeira vez em Mundiais não o abalou. “Não senti pressão por lutar um mundial. Para mim é o mesmo que qualquer outro evento, só que com os melhores do mundo. Fazendo um balanço, acho que poderia ter ido melhor, mas tenho que levantar a cabeça e partir para a próxima”, diz Nacif. Já Érika, que voltou com tudo após uma lesão e de ficar de fora das Olimpíadas de Pequim, venceu a Copa do Mundo em BH e foi bronze no Grand Slam do Rio, foi eliminada após a decisão dos juízes no golden score. “Foi horrível perder desta forma”, resumiu Érika.
Mesmo sem medalhas essa foi a melhor atuação do judô feminino desde o Mundial de 2003, quando Edinanci Silva conquistou a medalha de bronze. Para a técnica Rosicléia Campos, as jovens meninas do judô, como Rafaela Silva e Sarah Menezes têm condições de evoluir muito até os próximos Jogos Olímpicos. "O que falta para elas é maturidade. Apenas isto. As atletas da seleção fizeram um bom mundial e a medalha não veio por pequenos detalhes. Estamos no início de um novo ciclo olímpico e este resultado me deixa otimista para o futuro", diz Rosicléia Campos, técnica da seleção feminina.

domingo, 23 de agosto de 2009

Barrichello vence pela 10ª vez na F1

Depois de quase cinco anos, ou exatas 81 corridas, o piloto brasileiro Rubens Barrichello voltou a vencer nesse domingo no GP da Europa, realizado no circuito de rua de Valência, na Espanha. Rubinho não vencia desde 2004. A vitória foi a décima do piloto em toda sua carreira e também serviu para deixar ainda mais marcado seu nome na história da fórmula 1 brasileira; a vitória de hoje foi a centésima do Brasil na competição. Com a vitória deste domingo, Rubinho volta a ser o vice-líder do campeonato com 54 pontos. Jenson Button continua na liderança com 72 pontos. Essa é a primeira vez que o piloto vence com a Brawn GP e, sem erros, pode-se dizer que foi uma corrida perfeita.


Barrichello comemora primeiro pódio da temporada.

Barrichello largou em terceiro lugar, atrás das duas McLarens de Lewis Hamilton e Heikki Kovalainen, durante os pit stops. Lewis acabou na segunda colocação e Kovalainen perdeu o terceiro lugar para o finlandês Kimmi Raikkonen, da Ferrari. Os pilotos da McLaren entraram nos boxes primeiro, e Rubinho que estava em terceiro aproveitou para diminuir a diferença e conseguiu a segunda posição de Kovalainen. Lewis e Barrichello travavam uma disputa particular. Quando o inglês fazia uma volta mais rápida, o brasileiro respondia na volta seguinte como o mais veloz. Com isso os dois se distanciaram dos outros carros.

Rubinho largou em terceiro mas superou os dois carros da McLaren.
A partir da 29ª volta, Rubinho passou a fazer tempos melhores que Hamilton e diminuiu a diferença para perto dos dois segundos. O inglês foi fazer sua segunda parada oito voltas depois, mas a equipe não estava pronta e com isso ele ficou 13,4 segundos nos boxes. Rubinho continuou fazendo voltas mais rápidas e na 40ª, quando o safety car entrou na pista, ele fez sua parada em apenas 6,8 segundos. Na saída, o brasileiro voltou em primeiro lugar e com uma vantagem de 7 segundos para Hamilton. Barrichello segurou no final para garantir o primeiro lugar na corrida. O brasileiro dedicou a vitória ao amigo e piloto Felipe Massa, afastado das pistas desde seu acidente há três semanas.

Barrichello homenageou o amigo Felipe Massa no capacete.

Seleção feminina é octacampeã do Grand Prix



A seleção feminina de vôlei manteve a invencibilidade no Grand Prix, venceu o Japão por 3 sets a 1, com parciais de 25/21, 25/27, 25/19 e 25/19 e se tornou octacampeã do torneio. Com a vitória, o Brasil reafirma a condição de maior campeão do Grand Prix, somando os títulos de 94/96/98/04/05/06/08/09. Durante a competição, o Brasil venceu todas as partidas e perdeu apenas 4 sets, todos na fase final. O time de José Roberto Guimarães podia até perder por 3 sets a 0 que seria campeã, se a diferença de pontos ganhos e perdidos fosse maior que 23 a Rússia seria campeã. Mas a equipe invicta na competição nem pensou em perder ao entrar em quadra neste domingo em Tóquio. Venceu e mostrou que a seleção campeã olímpica continua a melhor do mundo, mesmo com algumas renovações. A oposta Sheilla ganhou o prêmio de melhor jogadora da competição e Fabiana ganhou o melhor bloqueio.

Sheilla foi eleita a melhor jogadora do Grand Prix.
O dia 23 de agosto já era o mais especial na vida da seleção feminina de vôlei. Há exatamente um ano atrás, o Brasil conquistava a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim. Hoje, mais uma medalha para coroar excelente o trabalho feito pela comissão técnica e atletas. “É um dia muito especial. Dia 23 de agosto de 2008 foi quando conseguimos a nossa maior realização. Todo dia 23 a gente vai lembrar disso. Hoje, com mais esse título, será uma comemoração dupla”, disse o técnico José Roberto Guimarães. Mas esse dia tem motivo para mais uma comemoração. Hoje também é aniversário da ponteira Mari, que completou 26 anos.

Mari comemora o título e o aniversário no dia 23 de agosto.

O Jogo
O Japão começou sacando muito bem e Zé Roberto precisou colocar Sassá no lugar da Natália para melhorar o passe. A ponteira entrou bem e terminou a partida como maior pontuadora com 19 pontos. Até a metade do set, as japonesas estavam na frente com 19 a 16, mas o bloqueio brasileiro começou a funcionar e o Brasil virou em 21 a 20 com Mari. E fechou o set em 25 a 21 com um bloqueio de Mari novamente. O segundo set foi mais equilibrado, com o Japão aproveitando os erros brasileiros. Se no primeiro set o problema foi a recepção, no segundo foi o ataque. Zé tirou Dani Lins e colocou Ana Tiemi, mas o Brasil continuou errando. A estreante Camila Brait entrou para sacar, a bola voltou para o lado brasileiro, mas num erro de Sassá, as japonesas venceram o set por 27 a 25.
No terceiro e no quarto set, a seleção brasileira entrou mais concentrada e mostrou sua superioridade técnica em quadra. Thaissa formou um paredão na rede e não deixou quase nada passar. A meio-de-rede também mostrou eficiência no saque. Com a Sheilla dando um show no ataque o Brasil fechou o set por 25 a 19. No quarto set Mari saiu para a entrada de Natália, que demonstrou tranqüilidade no passe. Com a recepção funcionando bem o Brasil abriu seis pontos de vantagem. O Japão chegou a encostar, mas a seleção brasileira fechou em 25 a 19. O Brasil venceu as 14 partidas disputadas e ficou com o ouro. Com uma derrota e quatro vitórias, totalizando 9 pontos, a Rússia ficou com a medalha de prata do Grand Prix. O bronze foi para a seleção da Alemanha, com 7 pontos, duas derrotas e três vitórias.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Musa Isinbayeva não consegue saltar e termina em último


Isinbaeyva erra três saltos e termina o Mundial em último lugar.
A prova do salto com vara parecia decidida. A russa Yelena Isinbayeva, atual campeã olímpica, bicampeã e recordista mundial era a grande favorita para a prova. Tanto que ela só saltou com o sarrafo em 4,75m. Antes disso, a brasileira Fabiana Murer, que já saltou 4,82m nesta temporada, se despediu da competição sem conseguir ultrapassar os 4,65m, saindo decepcionada. Foi quando Isinbayeva, que estava deitada como costuma, se levantou para começar a prova. Para a recordista mundial, com 5,05m, começar a saltar com 4,75m parecia tranqüilo. Mas não foi. Ela errou três saltos – o primeiro em 4,75m e dois em 4,80m. Melhor para a polonesa Anna Rogowska, que já havia vencido a russa este ano, que saltou 4,75m e se sagrou campeã mundial. A polonesa Monika Pyrek e a americana Chelsea Johnson completaram o pódio.


A polonesa Anna Rogowska venceu a competição.

Fabiana Murer tinha grandes chances nessa prova. Mas também não era o dia da brasileira. No primeiro salto ela passou 4,40m com facilidade. No segundo, ela passou os 4,55m, mas caiu de mal jeito, machucando o quadril. Os 4,65m pararam Fabiana. Ela errou as três tentativas e se viu desclassificada da competição. ”Não sei o que deu errado. Não estava sentindo bem o salto, não estava conseguindo pegar o ritmo da vara. Estou triste. Acho que eu poderia ter saltado melhor. O das eliminatórias foi melhor do que hoje. Acho que a vara estava fraca, não sei. Pensei em trocar de vara. O Elson perguntou se eu queria trocar, mas eu não quis”, disse Fabiana.

Fabiana Murer também decepciona e não passa dos 4,65m.
Yelena Isinbayeva começou a saltar quando a amiga e companheira de treinos Fabiana já tinha errado os três saltos. Ela não passou no primeiro salto, de 4,75m. Quando passou para os 4,80m, altura fácil para quem já fez 5,05m, Isinbaeyva também errou. No último salto, a musa do salto com vara mostrou que também erra, que é humana e chorou. A campeã mundial Anna Rogowska considera Yelena a melhor do mundo. “Continua a ser a única atleta dentre nós capaz de saltar acima dos cinco metros. Em Londres, eu achei que ela estivesse simplesmente vivendo uma má fase. E pensei que, bem, era uma má fase, que vai passar; com certeza ela vai estar de volta à sua melhor forma no mundial - eu tinha certeza de que ela venceria", afirmou Anna. Mesmo decepcionada e muito triste, a russa agradeceu à torcida e concedeu entrevista à diversos canais de televisão, não escondendo o choro. “Não acredito que isso aconteceu comigo. É o destino. Vou me lembrar dessa derrota para sempre”, disse chorando Isinbayeva.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Atlético e Palmeiras empatam no duelo dos líderes

O Palmeiras veio ao Mineirão enfrentar o Atlético-MG, como líder do Brasileiro. Com uma vitória, o time de Muricy se afastaria ainda mais dos adversários. Uma derrota deixaria o Galo a apenas um ponto e com um jogo a menos que a equipe paulista. Mas, mesmo com o Mineirão cheio de atleticanos incentivando, o time de Celso Roth perdeu a oportunidade de encostar na liderança e a partida terminou mesmo em 1 a 1. Gols de Éder Luis para o Atlético e Ortigoza para o Palmeiras. Mas quem brilho nesse clássico nacional, foram os goleiros. De um lado, o veterano e campeão do mundo Marcos. Do outro, o estreante em jogos profissionais e inexperiente Bruno.


Jogadores do Atlético comemoram o gol de Éder Luis.


Mesmo sem Tardelli, o Galo não se abalou e abriu o placar com cinco minutos de jogo. O zagueiro Marcão não dominou a bola e Éder Luis acertou o chute no canto de Marcos. O goleiro palmeirense aceitou, 1 a 0 Atlético. O gol afetou o Palmeiras e o Galo mudou o esquema do jogo. Ao invés de ir para o ataque, esperou o adversário para sair nos contra-ataques. O Palmeiras, mesmo perdido em campo, foi buscar o gol e conseguiu. Aos 35, Diego Souza cruzou a bola na cabeça de Ortigoza que colocou para dentro. Jogo empatado. O Galo não se abalou e no minuto seguinte, Thiago Feltri apareceu dentro da área e cabeceou para a defesa de Marcos. O Atlético errava muitos passes e não conseguia criar boas jogadas.
No segundo tempo a partida ficou mais movimentada. Os líderes do campeonato mostraram que têm qualidade e que não estão na ponta da tabela a toa. Os goleiros foram os responsáveis por manter o jogo empatado. Aos seis minutos, Diego Souza chutou de dentro da área para a incrível defesa do novato Bruno, a bola ainda resvalou na trave. O Palmeiras se animou e tentou a virada. Cleiton Xavier ganhou na corrida dos zagueiros e apareceu cara a cara com o Bruno. Brilhou a estrela do goleiro que pegou de novo. Os donos da casa reagiram. Aos 14, Thiago Feltri recebeu lançamento pela esquerda e foi derrubado dentro da área. Pênalti. O jovem Renan Oliveira, que substituiu Tardelli pediu para bater. Mas na hora da cobrança pesou a tranqüilidade de Marcos contra a inexperiência de Renan. O atacante tentou a paradinha, o goleiro se adiantou e fechou o gol.
Marcos comemora defesa do pênalti cobrado por Renan Oliveira.
A partida ficou movimentada. Oportunidades perdidas de ambos os lados. Cleiton Xavier recebeu a bola na área chutou por cima do gol. Éder Luis também perdeu uma chance parecida. O Palmeiras continua líder com 35 pontos. O galo voltou para a vice-liderança com 32 pontos e um jogo a menos. A rodada foi boa para o Internacional. O time gaúcho está na quarta posição com 30 pontos, mas tem dois jogos a menos, um deles com o Atlético. E ainda pode terminar a primeira fase do campeonato como líder. O resultado foi justo pelo futebol apresentado no Mineirão. Primeiro tempo superioridade atleticano, no segundo, o alviverde foi melhor. Um jogaço entre os primeiros times do campeonato.

Nada de amistoso. Brasil vence Estônia por 1 a 0 em jogo violento

Era para ser como um treino. Um jogo fácil, no qual todos esperavam uma goleada. Mas a seleção brasileira venceu a Estônia por apenas 1 a 0, em Tallin, nesta quarta-feira. Um gol do artilheiro Luis Fabiano. O jogo, de amistoso nada teve. Faltas violentas, cartões amarelos e até a expulsão do meia Kruglov, da Estônia. Mas o jogo pegado, violento, de forte marcação, serviu como uma preparação para o próximo adversário da seleção brasileira, a Argentina. As duas seleções se enfrentam no dia cinco de setembro pelas eliminatórias da Copa, em Rosário, na Argentina.


Mais uma vez Luis Fabiano marca para a vitória da seleção brasileira.
O amistoso era esperado pelos estonianos, como o “Jogo do Século”. O Brasil, número um no ranking da Fifa, jogando com a inexpressiva Estônia, que ocupa apenas a 112ª posição no ranking. Mas, com a maioria dos atletas brasileiros sem ritmo de jogo, pois estão começando a temporada na Europa, o primeiro chute a gol foi dos donos da casa, aos nove minutos. O Brasil chegou aos 17, com um chute de Robinho. A partida já começou violenta. Aos 25, Kaká sofreu falta dura no meio campo, que rendeu discussões entre as equipes. Após a cobrança, Luisão cabeceou e a bola passou raspando a trave. Kléberson sofreu falta e na queda teve uma luxação no ombro. O meia do Flamengo vai ter que se submeter à uma cirurgia. O jogo estava lento e com poucas emoções quando o fabuloso apareceu. Aos 42, Luis Fabiano recebeu a bola na entrada da área e bateu no canto do goleiro Pareiko. 1 a 0 para o Brasil!


Discussão na área da Estônia entre Luisão e o goleiro Pareiko.

No segundo tempo Dunga aproveitou para testar novos jogadores e fez as seis substituições que tinha direito. Diego Tardelli estreou na seleção no lugar de Robinho. Julio Baptista entrou para a saída de Kaká e Daniel Alves substituiu Maicon. O atacante do Galo procurou se movimentar e arriscou um belo chute na primeira oportunidade. Logo em seguida saíram Luis Fabiano e Lúcio para entrarem Nilmar e Miranda, respectivamente. O atacante teve boas oportunidades e até arriscou uma bicicleta. Com as substituições, o Brasil ficou desentrosado em campo e não chegava com muito perigo. A melhor chance foi com o Julio Baptista. Ele recebeu um passe primoroso de Tardelli dentro da área e chutou por cima do gol. Após a cobrança de um escanteio, Luisão e o goleiro Pareiko se desentenderam e uma nova discussão começou. Os estonianos gostavam da partida Felipe Melo fez falta dura para parar um ataque. Foi punido com um amarelo. Logo em seguida, Daniel Alves sofreu uma entrada violenta e reclamou, levou um amarelo, mas Kruglov foi expulso.

Assista no vídeo abaixo os lances mais violentos da partida: